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É possível ser feliz sozinho?
29/01/2020 13:41 em Novidades

Há uma ideia difundida aos quatro ventos de que a felicidade é possível para todos de forma indiscriminada e de que ela é alcançável individualmente. A propagação desta forma de pensar tem uma boa intenção por detrás, de que todos podem ser felizes, que não importa muito o que os outros fazem a você ou como anda suas relações, a felicidade é um caminho individual que com algum esforço e sem ajuda nenhuma você chega lá, só que isso acaba se tornando uma armadilha.

Este ideal se revela no modo de viver de muitas pessoas, e aparenta ser um reflexo e uma defesa das relações desastrosas e inconstantes que todos lidam atualmente, uma justificativa que encarna a falta de comprometimento que as relações encerram. Os jargões mais utilizados são aqueles que dizem: “eu não preciso do outro para ser feliz” ou ainda “eu me basto sozinho (a)”.

Isso porque na própria subjetividade existe um “nós”, e a individualidade que é perpassada pelo outro, se constitui em relação, desde que nascemos até ao morrer nos tornamos seres humanos pelo contato, não existe vida humana fora do aspecto social e o afeto é o laço que constitui e amarra positivamente cada sujeito ao outro. Ser sozinho, portanto, é uma contradição sem fim, porque o verbo ser exige que o outro também seja em mim. E todas as relações humanas estarão orientadas por valores positivos se a relação fundamental do homem, a sua relação com o amor, estiver ordenada.

“Buscar ser feliz sozinho se assemelha mais a um grito de socorro para que existam relações frutíferas para cada sujeito, relações verdadeiramente humanas que tenham como pano de fundo o compromisso de que fazer o outro feliz é que trará a tão sonhada felicidade, que é mais um processo do que um produto.”

Retirado de: https://www.vaticannews.va/pt/mundo/news/2020-01/a-triste-ideia-de-que-podemos-ser-felizes-sozinhos.html

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