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Dom Gilberto Pereira Lopes: Anunciar o Mistério de Cristo
Publicado em 24/09/2025 13:33 • Atualizado 24/09/2025 13:38
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Na tarde de 22 de setembro de 2025, foi anunciado o falecimento de Dom Gilberto Pereira Lopes, aos 98 anos, em Campinas — um pastor, escritor, formador de almas e testemunha de fé para gerações. 
Hoje, nesta homenagem, revisitamos sua trajetória de vida — suas lutas, conquistas, dores e luzes — para que permaneça viva em nossa memória e inspire novos caminhos.”


1. Origens e formação

  • Gilberto Pereira Lopes nasceu em 14 de fevereiro de 1927, em Santaluz, Bahia. 

  • Ainda criança, sua família se mudou para Petrolina (PE), e ali ele iniciou seus estudos rumo à vocação sacerdotal. 

  • Fez seus estudos de Filosofia e Teologia em Olinda, sob a orientação de mestres que marcariam sua visão pastoral.

  • Ordenado sacerdote em 4 de dezembro de 1949, na Catedral de Petrolina, por Dom Avelar Brandão Vilela. 


2. Os primeiros passos no ministério

  • Em 1955, atendendo a convite de seu antigo reitor, transferiu-se para Ribeirão Preto, onde foi vigário cooperador da Catedral, reitor do Seminário “Maria Imaculada” e cura da Catedral.

  • Em 1958, foi “incardinado” formalmente na Arquidiocese de Ribeirão Preto, passando a integrar o cabido local como cônego teologal.

  • Nos anos iniciais, cultivou também formação acadêmica complementar: entre 1961 e 1962, cursou Pedagogia no Instituto Católico de Paris.


3. Episcopado: Ipameri e Campinas

  • Em 3 de novembro de 1966, foi nomeado Bispo de Ipameri, tendo recebido a ordenação episcopal em 18 de dezembro de 1966.

  • Seu lema episcopal: “Mysterium Christi Praedicare” — anunciar o Mistério de Cristo — tornou-se norte de sua missão. Wikipédia+1

  • Em fevereiro de 1967 tomou posse da Diocese de Ipameri.

  • Em 24 de dezembro de 1975, foi nomeado Arcebispo Coadjutor de Campinas, com direito de sucessão ao então arcebispo Dom Antônio Maria Alves de Siqueira. 

  • Em março de 1976 tomou posse como coadjutor em Campinas. 

  • No dia 10 de fevereiro de 1982, assumiu oficialmente como Arcebispo Metropolitano de Campinas, sucedendo Dom Antônio.


4. Pastoreio, desafios e legado

  • Durante seu episcopado, Dom Gilberto participou ativamente das estruturas eclesiais nacionais e latino-americanas, especialmente nas Comissões da CNBB e no CELAM. 

  • Na Arquidiocese de Campinas, empreendeu uma Revisão Ampla da ação pastoral, convocou participação comunitária, reorganizou os conselhos (pastoral, leigos, administração), priorizou a comunicação e o diálogo com as realidades sociais. 

  • Criou – ou apoiou fortemente – instituições sociais: a Casa de São Francisco, Casa de Santa Clara, e projetos de auxílio aos moradores de rua. 

  • Foi um intelectual e escritor sensível. Publicou obras como “Anunciando o Mistério de Cristo”, “O Evangelho no Rádio”, “Com Deus na História”, “Tudo é Graça – Sonetos”.

  • Em Campinas, como Grão-Chanceler da PUC-Campinas (1980–2004), guiou a universidade com atenção ao equilíbrio entre identidade católica e excelência acadêmica. 

  • Promoveu a comunicação religiosa institucional, criando ou fortalecendo a assessoria de comunicação da Arquidiocese e o boletim “A Tribuna”. 


5. A renúncia e os anos finais

  • Ao completar 75 anos, em 2002, Dom Gilberto apresentou sua renúncia ao Papa João Paulo II.

  • A renúncia foi aceita em 2 de junho de 2004, quando passou ao status de Arcebispo Emérito de Campinas. Portal PUC-Campinas

  • Mesmo emérito, continuou presente, ativo na escrita, nas bençãos e no acompanhamento da vida da Igreja local. Portal PUC-Campinas+1


6. O anúncio da morte e reação

 

  • Dom Gilberto faleceu em 22 de setembro de 2025, em Campinas, aos 98 anos. Portal PUC-Campinas

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